A maratona teve como objetivo criar novas funcionalidades a partir de um dispositivo denominado Virandola, que agrega a dimensão do sopro como possibilidade de interação dentro do ambiente de realidade virtual. A Virandola é um dispositivo inovador desenvolvido pelo neurocientista Bruno Herbelin, vice-diretor do Laboratório de Neurociência Cognitiva da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça.

A competição aconteceu no Rio de Janeiro e contou com equipes de artistas, programadores, músicos, game designers e desenvolvedores 3D. A transferência da dinâmica da respiração para uma experiência imersiva ocorreu dentro do mundo virtual de HanaHana, uma criação premiada da artista Mélodie Mousset. No reino de HanaHana, os jogadores podem reproduzir partes do corpo e fazer brotar mãos em um ambiente desértico, que, quando explorado, revela lugares inusitados. Dentro desta plataforma, as equipes puderam desenvolver seus projetos e agregar novos elementos e possibilidades de interação.

Após dois dias de intensa atividade, os participantes apresentaram suas criações em um evento no charmoso Parque das Ruínas, em Santa Teresa. Respirar e soprar tornaram-se ferramentas indutoras de interferências e múltiplas intervenções no mundo virtual, gerando sons, movimentos, cores e emoções estimulantes. O júri avaliou os trabalhos e escolheu o vencedor, que teve a criação apresentada durante o World XR Forum, que aconteceu em Crans-Montana, na Suíça.