O campeonato normalmente acontece em Zurique, mas, por conta da pandemia do Covid-19, a edição de 2020 foi realizada em um novo formato: cada equipe competiu em seu país de origem e o evento foi e foi transmitido ao vivo. As tarefas e regras são decididas pelo Comitê Organizador da ETH Zurique, e, portanto, um alto nível de coordenação é necessário para garantir a suavidade e igualdade de tratamento dos participantes das competições.

São seis categorias diferentes nas quais os atletas podem competir e resolver tarefas como cortar pão, abrir um pote de geléia, subir no sofá e correr de bicicleta ou cadeira de rodas. A CYBATHLON é mais que uma competição mundial, ela fomenta a inovação e o progresso tecnológico e quebra barreiras com o objetivo de criar uma competição sem fronteiras. O concurso é um reconhecimento às pesquisas desenvolvidas em todo o mundo em neuroengenharia e dá uma perspectiva de como as novas tecnologias podem beneficiar as pessoas com deficiência em seu dia a dia.

Em 2020, participaram 60 equipes de 40 países e o Brasil foi uma das localidades, sendo a única da América Latina. Desde 2012, Estevão Lopes está paraplégico, após uma lesão medular, ao ser atingido por um a bala perdida ao sair de uma festa. Advogado e professor de educação física, teve que readaptar sua vida e seu cotidiano após o acidente. É aí que entra a ciência e a tecnologia. Depois de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a equipe EMA, Estevão volta a pedalar. Estevão é um atleta de sucesso que competiu e venceu competições em várias disciplinas ao longo dos anos. Ele competiu no CYBATHLON pela segunda vez e chegou em 6º lugar. Ele também é um defensor da inclusão de pessoas com deficiência no esporte, tendo sido nomeado recentemente vice-presidente da Comissão de Atletas da Canoagem Brasileira.