Conheça a delegação que está indo representar o Brasil!
– Por Sofia Costa, Communications Manager
Os estudantes que participam da IChO passam por uma maratona intensa de 6 fases da Olimpíada Brasileira de Química, com duração total de 2 anos de estudo e preparação, e têm que vencer os desafios dos diferentes tipos de provas para que possam ser selecionados.
Conheça os alunos
Todos alunos do Estado do Ceará na faixa de 17 anos foram condecorados com medalha na etapa nacional, prova de conceitos experimentais em vídeo e passaram por um curso preparatório junto com outros 14 finalistas baseado em tópicos avançados de química, com professores de universidades como USP, UFPI e UFMG
Todos estudam há mais de dois anos para a Olimpíada, com horas práticas em laboratório toda semana, se preparando ano após ano, além de continuamente aprimorando seu inglês, se preparando emocionalmente para dois dias intensos de prova e com um desejo profundo de trazer visibilidade para a área de ciência no Brasil, considerada menosprezada pelos estudantes.
“A química é uma ciência de extrema importância para a sociedade, sendo fundamental nos âmbitos de meio ambiente, de produção de remédios e da área industrial, por exemplo. Com uma situação cada vez mais alarmante em relação aos problemas ambientais, a química pode buscar soluções para reduzir os impactos causados pelo ser humano no planeta.[…] Então, jovens que se interessam pela química têm muito a contribuir ao continuar nessa área nos âmbitos profissionais.”, diz João Vitor Fonseca
Os quatro estudantes concordam que participar da Olímpiada Internacional de Química vai muito além da matéria em si, mas também: “uma oportunidade de inspirar outros jovens a se interessarem pela área acadêmica e de pesquisas, ambas de extrema importância para nossa sociedade, uma vez que muitas descobertas científicas acabam agregando e afetando nossas vidas, mesmo que indiretamente”, contribui Nailton Castro.
ESTUDANTES
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Nailton Castro
Nailton Castro
17 anosNailton começou a estudar para as olimpíadas primeiro em matemática aos 11 anos, e logo depois descobriu a química, estudando desde então para a IChO. Aprendeu inglês desde o ensino fundamental, para poder se comunicar com estudantes de outras delegações.
“É uma grande responsabilidade representar o Brasil na maior olimpíada internacional de química a nível de ensino médio, mas, ao mesmo tempo, é uma grande honra aplicar os esforços do que estudei para representar o país.”
Nailton acredita que é preciso ampliar o ensino prático da química, para mostrar aos estudantes a realidade daquilo que só se costuma aprender na teoria, e apresentando a ampla gama de aplicações das diversas áreas da química no cotidiano e na pesquisa científica para criar oportunidades acadêmicas e profissionais no futuro de outros jovens.
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Artur Magalhães
Artur Magalhães
17 anosDesde pequeno começou a participar de olimpíadas de matemática, mas depois da pandemia dos últimos anos que Artur se permitiu embarcar na química, se apaixonando e estudando vigorosamente. Apesar de quase não passar na seletiva estadual, ganhou bronze na Olimpíada Cearence de Química e foi qualificado para o nível nacional até chegar a internacional.
“É uma grande honra para mim poder representar o Brasil numa competição acadêmica internacional. A ciência é uma área menosprezada em meu país e vejo esta olimpíada como uma chance de trazer visibilidade para a área. Acho que programas científicos como as olimpíadas são o caminho certo, introduzindo o tema na escola dos alunos pode fazer com que o interesse nessa área seja despertado logo cedo em suas vidas.”
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Bio
Gabriel Aguiar
17 anosGabriel começou sua trajetória em 2021, ainda no ensino fundamental, com a Olimpíada Estadual de Química, passando para a seletiva nacional como primeiro passo para chegar na competição internacional, para qual se classificou em 1º lugar.
“É uma grande honra poder representar o Brasil numa competição de caráter internacional e sinto
muito orgulho do caminho que percorri e dos desafios que enfrentei para conseguir essa
conquista. Independente do tamanho do desafio, acima de tudo nós precisamos sempre
acreditar em nós mesmos e na nossa capacidade. Não perder a fé em si mesmo e nunca desistir
são coisas fundamentais pra conquista de qualquer coisa.” -
Bio
João Vitor Fonseca
17 anos“É um sonho poder representar o Brasil em uma competição internacional tão importante e respeitada como a IChO. Participar de uma olimpíada internacional é uma grande oportunidade de conhecer pessoas de todo o mundo, possibilitando conviver com outras culturas e formar amizades com estudantes que também são interessados por química. Além disso, é uma chance de aprender e testar os conhecimentos em química por meio de uma prova de alto nível.”
João acredita que para incentivar jovens a ingressarem na área de química “é importante que existam projetos que mostrem mais aos estudantes a área de atuação da química e seu potencial de ajudar a sociedade. As olimpíadas são extremamente importantes no sentido de inspirar os jovens a estudar química, visto que estimulam e curiosidade e levam o aluno a se aprofundar nos conteúdos dessa matéria.”
Conheça os mentores
Os dois mentores serão o Prof. Lucas Carvalho Veloso Rodrigues, Docente da USP, que chefiará a delegação e a Profa. Nilce Pompeu, Docente da Universidade Federal do Ceará.
Enquando os alunos continuam suas preparações em suas escolas, os mentores estudam a fundo o preparatório para estarem prontos para as etapas de discussão dos problemas e arbitragem. Além disso, outro papel fundamental é conversar com cada estudante e colaborar para que se mantenham centrados e calmos para os exames.
Assim como os alunos, os mentores também vêem uma oportunidade de inspirar outros estudantes a entrarem na área: “Acredito que o primeiro ponto é desmistificar a relação entre química e substâncias tóxicas ou nocivas. Temos que mostrar como a química permeia tudo ao nosso redor (inclusive a nós mesmos). Incentivos para mostrar os benefícios da química na tecnologia, nos impactos sociais positivos são fundamentais”, professor Lucas Carvalho.
MENTORES
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Bio
Prof. Dr. Lucas Rodrigues
Docente da Universidade de São Paulo, mentor e Chefe da DelegaçãoO Professor Lucas participou de olimpíadas ainda na escola e se sente inspirado ao dar continuidade aos novos jovens: “Como professor e pesquisador de uma universidade pública, sinto-me honrado da oportunidade de acompanhar futuros talentos do Brasil para a ciência e educação, que são o cerne do meu trabalho.”
Lucas tem como missão desmistificar a relação entre química e substâncias tóxicas ou nocivas. Para ele, química é uma ciência central que explica e muda o mundo, e que tem o poder de criar cidadãos conscientes com seu impacto no mundo e no meio ambiente. Por isso, acredita em incentivos para mostrar os benefícios da química na tecnologia, os impactos sociais positivos, e como a química permeia tudo ao redor, inclusive aos seres humanos.
“É uma honra representar o Brasil em um evento acadêmico científico, em especial depois de alguns anos de cortes na ciência e educação. Espero que seja um momento marcante para a retomada!”
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Bio
Nilce Pompeu
Mentora da delegação e Docente da Universidade Federal do CearáCom pós-doutorado no Reino Unido, iniciou sua carreira como professora da Universidade Federal do Piauí, coordenando a primeira Olimpíada de Química do Estado em 1995. Depois de muitas experiências e estudo, coordena diferentes projetos e o Programa Nacional Olimpíadas de Química.
Para Professora Nilce, uma das formas de inspirar jovens é mostrar o potencial de contribuição da Química para a vida, o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável, a cura e tratamento de doenças, e como pode contribuir para a saúde do planeta.
“É uma honra participar de uma Olimpíada Internacional como a IChO representando o Brasil. É um sentimento de orgulho do nosso País, mas também não esquecendo da responsabilidade.
A participação de um estudante numa olimpíada científica, contribui para despertar a curiosidade científica e o aprofundamento nos estudos, e ainda permite a valorização do estudante, formação de laços interpessoais, abertura de novos horizontes, dentre outros aspectos que podem resultar em profissionais mais bem preparados, desde o ensino fundamental, com consciência e responsabilidade da sua contribuição para um planeta mais sustentável.”